Estamos no início da segunda metade do ano, e, olhando para trás nos perguntamos: há mesmo motivos para render graças pelo que passou?
O primeiro semestre foi marcado pelas chuvas intensas que causaram alagamentos, enchentes em vários municípios do Rio Grande do Sul. Muitas pessoas perderam suas casas, seus pertences, seus animais e até entes queridos arrastados pelas águas que morreram afogadas ou pelo menos desapareceram. Ficaram desabrigadas e tiveram que ser recolhidas a pavilhões ou ginásios de esportes. Muitas guardam até agora a oportunidade de reconstruírem suas vidas. Apesar da ajuda da parte dos governos federais, estaduais e municipais, foi tudo muito, muito difícil. Para muitos não havia nem sequer sinal da sua antiga casa. Até hoje, passados mais de dois meses da tragédia, pessoas continuam em abrigos, sem perspectiva de voltar a seus antigos lugares.
Pelo que agradecer, então?
Em primeiro lugar, por estarmos vivos e salvos. Porém, em segundo lugar e muito importante, o fato de a tragédia ter despertado a solidariedade da parte de muita gente, que parecia nem estar preocupada como o sofrimento dos outros.
Dos mais diferentes lugares de perto e de longe vieram doações de alimentos, de colchões, de cobertores, de roupas de inverno, etc. Grupos de fora do estado se organizaram para promover campanhas de arrecadação dos itens mais necessários. De barco, grupos buscavam retirar pessoas de suas casas que a enchente isolara.
Então, especialmente por essa solidariedade, Rendei graças ao Senhor, porque Ele é bom e a sua misericórdia dura para sempre!
P. Dr. Carlos Arthur Dreher
(Professor e Pastor aposentado da IECLB)