
Na verdade, ninguém é justo por si mesmo. Somos pessoas falhas, pecadoras e, portanto, injustos e injustas.
Contudo, a frase descoberta por Martim Lutero afirma: “O justo viverá por fé”! Lutero encontrou essa afirmação na carta do Apóstolo Paulo aos Romanos, no capítulo 1, no versículo 17. Paulo, por sua vez, encontrou essa afirmação no livro do profeta Habacuque, no capítulo 2, no versículo 4. Habacuque parte do princípio de que o soberbo e o arrogante não são justos. Mas o justo viverá pela sua fé.
Como entender isto?
Para o povo de Israel, justo era aquele homem íntegro, honesto, cumpridor da lei. Pode-se perceber isto na parábola do fariseu e o publicano (Lucas 18.9-14). A parábola é dirigida por Jesus “a alguns que confiavam em si mesmos, por se considerarem justos, e desprezavam os outros” (v. 9). Dentro do templo, o fariseu ora, dizendo: “Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem mesmo como este publicano; jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho” (v, 11-12).
O publicano batia no peito, dizendo: “Ó Deus, sê propício a mim, pecador!” (v. 13). A que Jesus afirma: “Este desceu justificado para sua casa (…)”.
Eis aí o significado do termo justo, como o entende Paulo. Justo é aquele que se sabe justificado, porque crê, na sua fé, que foi feito justo pelo precioso sangue de Jesus Cristo, que morreu por nós na cruz. Justo é aquele, é aquela que vive pela fé!
Por si mesmo ninguém é justo. Porém, cremos que somos justificados por Jesus Cristo!
_
P. Dr. Carlos Arthur Dreher
(Professor e Pastor aposentado da IECLB)