Encontro de Criatividade reúne mais de 30 pessoas na Comunidade São Mateus, em Porto Alegre

  No último sábado, 10/06, a Comunidade São Mateus, em Porto Alegre, recebeu mais de 30 orientadores e orientadoras de Culto Infantil para mais uma edição do Encontro de Criatividade. O encontro iniciou com um delicioso café e seguiu com a saudação da Pa. Cleide Olsson Schneider.

No primeiro momento, a Pa. Cleide trouxe uma dinâmica para as pessoas criarem os crachás de identificação, deixando o ambiente animado e descontraído. O estudante de Teologia, Thiago Campagnoni, conduziu as músicas e auxiliou a espantar o frio da manhã.

Em seguida, a psicóloga e psicopedagoga Isabella Oliveira falou sobre a rotina das crianças da atualidade, em que, devido à quantidade excessiva de informações que elas recebem, ocorrem algumas dificuldades de cativá-las, de prender a atenção para atividades que não envolvam o uso de tecnologia. Isabella destacou que a impulsividade das crianças, muitas vezes, faz com que o que foi proposto para o Culto Infantil, por exemplo, não saia conforme o planejado. Elas precisam respeitar regras e respeitar quem está no ambiente.

Muitas crianças não conseguem se reger internamente, e não compreendem regras ou limites impostos. Para que isto ocorra, é preciso que elas tenham a percepção da moralidade, que consiste em ter a consciência de que há mais alguém ali, além da própria criança. Isabella colocou que a moralidade faz parte da personalidade da criança, está relacionada com princípios e valores e se constrói “de dentro para fora”. A psicóloga mostrou que educar no ambiente da igreja também é auxiliar as crianças a entenderem isso.

Outro ponto que ela colocou é que antes de se propor a transmitir algo para as crianças, é necessário observar as condições emocionais e físicas do educador ou da educadora, para que as crianças possam se sentir acolhidas no momento do Culto Infantil. Isabella falou também da importância de ser quem ampara as crianças, dá carinho, brinca, mas também ser quem diga quando parar. Ela destacou que dar limites também é um ato de amor e que a criança precisa se sentir segura no ambiente em que está.Sobre educar no contexto do Culto Infantil, a psicóloga falou da necessidade de incluir os pais nas atividades, incentivando as crianças a contarem histórias em casa, e levando a possibilidade de criar laços afetivos. Isabella mostrou que a aproximação das crianças ao contar uma história, o ato de convidá-las a fazer parte da história pode tornar a atividade mais interessante e despertar emoções diferentes, que podem e precisam ser compartilhadas.

Depois da palestra, o P. Ms. Jaime Jung levou diferentes dinâmicas em grupo. Ele utilizou brinquedos para exercitar a atenção e a coordenação em uma brincadeira de roda. Em seguida, chamou alguns para formarem dois grupos e jogarem o “jogo da velha” em um grande tabuleiro no chão, feito de fita, e com peças de papelão.

Dessa forma, ele mostrou que objetos simples, quando usados com criatividade, também podem deixar o momento da Escolinha divertido e didático.

A partir dessa mesma proposta, ele coordenou uma oficina de fantoches, mostrando muitas possibilidades de se elaborar personagens para histórias, e disponibilizando uma grande variedade de materiais para que cada pessoa pudesse criar o seu.

À tarde, os participantes do seminário se dividiram em grupos e organizaram teatros com os fantoches criados, apresentando as parábolas da Ovelha Perdida e do Filho Pródigo. Foi um momento divertido, em que foi possível perceber que os fantoches auxiliam as pessoas a se soltarem e perderem a timidez.

Logo após as apresentações, o educador cristão Edir Spredemann falou da importante missão de pastorear as crianças que foram confiadas a quem orienta o Culto Infantil. A partir do tema “Jesus nos acolhe e nos desafia”, ele mostrou que existem diferentes formas de contar histórias. Edir destacou algumas técnicas da educadora Maria Montessori utilizadas para estimular crianças no aprendizado, como por exemplo, o uso das mãos para fazer algo, para despertar curiosidade e levar à imaginação. Ele falou da necessidade de brincar e interagir para mostrar o propósito e a intenção da mensagem transmitida.

Conectando ao que foi trazido pela psicóloga Isabella na parte da manhã, Edir mostrou uma forma diferente de contar a Parábola da Ovelha Perdida chamando a atenção, utilizando elementos de uma caixa de peças de roupas antigas para caracterizar personagens e dar vida ao que estava sendo narrado.

Algumas pessoas foram chamadas para fazer parte da dinâmica, o que deixou o momento divertido. Depois de contar a história, com a “mochila das emoções” – uma bolsa que continha algumas “carinhas” com diferentes expressões – desafiou as pessoas presentes, em uma brincadeira de roda, a falarem sobre o que sentiram e interpretaram através da figura que retiraram da mochila.

Com esta brincadeira, Edir colocou que é importante permitir-se sentir e que falar de sentimentos também faz parte de brincar.

Por fim, Edir realizou outra dinâmica, cujo objetivo final era levar a vela ao altar em conjunto, sem tocar no objeto, utilizando apenas um pedaço de barbante por dupla.

Cada dupla, ao envolver o barbante na vela, falava então uma palavra ou frase que representou o encontro.

A mensagem final foi conduzida pela Pa. Cleide Olsson Schneider, que falou sobre amar e cuidar em grupo, mesmo sabendo que cada pessoa possui suas características. O encontro encerrou às 16h.

 

Saiba como foi o Encontro de Criatividade na Comunidade Scharlau:

http://sinodors.org.br/novidades/encontro-de-criatividade-na-comunidade-scharlau-reune-mais-de-30-pessoas/