Vivemos um tempo de mudanças globais e locais… Mudanças a nível mundial afetam a nossa vida… A humanidade está passando por um momento de grandes transformações. Há mudanças de toda ordem que nos afetam como país, cidades, comunidades, famílias e indivíduos. Mudanças geram insegurança! As resistências locais, baseadas em etnia, religião, concepção de sociedade, modelo econômico acumulativo e nacionalismo impedem que a humanidade busque soluções conjuntas para os grandes problemas de alimentação, saúde e preservação da vida.
As mudanças nos jogam, como pessoas, em conflitos reais. As nossas profissões estão ameaçadas por novas tecnologias. O comportamento das pessoas muda e conflita com a nossa concepção moral e costumes. Qual o maior problema disso tudo? O maior problema está quando trazemos para nós, como indivíduos, a aflição das mudanças e nos sentimos sozinhos. Algumas pessoas assumem a culpa para si e se perguntam: o que eu fiz de errado com a minha vida? Por que isso está acontecendo só comigo? Olham para o lado e veem alguém “se dando bem” no meio dessa confusão de informações e mudanças e a culpa aumenta. Diante do futuro incerto, a ansiedade toma conta e torna a vida muito difícil.
Nós, que cremos em Cristo, temos uma visão comunitária e confessamos que nada é somente nosso. Os problemas são nossos e as soluções também são nossas. Jesus prometeu, dizendo: “e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém”. (Mateus 28.20b) Por isso, não precisamos nos sentir ou ficarmos sós! Na vivência comunitária, na busca conjunta por soluções, chegaremos a um tempo onde poderemos dizer mais “Nossa vida”, do que “Minha vida”! Buscar interesses comuns faz de nós cristãos que compreenderam a mensagem de Cristo e não se sentem sós na caminhada, pois Ele está caminhando junto e nos chama a acompanhá-lo!
P. Carlos Eduardo Müller Bock- Pastor Sinodal do Sínodo Rio dos Sinos